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Concordância Verbal: O que é, regras e exemplos práticos

Entender o que é concordância verbal é essencial para quem está se preparando para concursos, já que esse assunto costuma aparecer com frequência nas questões de língua portuguesa.

Concordância Verbal: O que é, regras e exemplos práticos
A concordância verbal é uma das disciplinas mais cobradas nas provas objetivas e discursivas de concursos! Venha compreender essa disciplina.

A concordância verbal é um dos pilares da gramática normativa da língua portuguesa, estabelecendo a harmonia entre o verbo e o sujeito da oração em número (singular ou plural) e pessoa (1ª, 2ª ou 3ª). Dominar suas regras é essencial para a construção de frases corretas e coerentes, especialmente em contextos formais e acadêmicos.

Se você está estudando para concursos públicos, especialmente os que cobram Língua Portuguesa com rigor, dominar a concordância verbal é fundamental. Essa é uma das áreas que mais geram dúvidas — e que mais caem nas provas!

Neste artigo, você vai entender de forma clara o que é concordância verbal, quais são os seus principais tipos, as regras gerais e os casos especiais mais cobrados nas bancas. Tudo com exemplos práticos para facilitar sua memorização.

O que é Concordância Verbal?

A concordância verbal refere-se à adequação do verbo ao sujeito da oração, ajustando-se em número e pessoa. Isso significa que o verbo deve refletir as características do sujeito para que a comunicação seja clara e precisa.

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Explicação sobre concordância verbal!
Concordância Verbal: O que é, regras e exemplos práticos 2

    Regras Gerais de Concordância Verbal

    1. Sujeito Simples

    Quando a oração possui um sujeito com um único núcleo, o verbo concorda com ele em número e pessoa.

    Exemplos:

    • A criança brinca no parque.
      • Sujeito singular (“a criança”) → verbo singular (“brinca”).
    • As crianças brincam no parque.
      • Sujeito plural (“as crianças”) → verbo plural (“brincam”).

    2. Sujeito Composto

    Se o sujeito possui dois ou mais núcleos, o verbo geralmente vai para o plural.

    Exemplos:

    • O professor e o aluno discutiram a matéria.
      • Sujeito composto anteposto ao verbo → verbo no plural (“discutiram”).
    • Discutiram a matéria o professor e o aluno.
      • Sujeito composto posposto ao verbo → verbo no plural (“discutiram”).

    Observação

    Quando os núcleos do sujeito composto são sinônimos ou formam uma gradação, o verbo pode concordar com o núcleo mais próximo ou ir para o plural.

    Exemplos:

    • A paz e a tranquilidade reinava/reinavam no ambiente.
      • Ambas as concordâncias são aceitáveis.

    3. Sujeito Composto por Pessoas Diferentes

    Quando o sujeito é composto por pronomes de diferentes pessoas gramaticais, a prioridade na concordância é: 1ª pessoa sobrepõe 2ª e 3ª; 2ª sobrepõe 3ª.

    Exemplos:

    • Eu (1ª pessoa) e tu (2ª pessoa) viajaremos amanhã.
      • Verbo na 1ª pessoa do plural (“viajaremos”).
    • Tu (2ª pessoa) e ele (3ª pessoa) viajareis/viajarão amanhã.
      • Pode-se usar a 2ª pessoa do plural (“viajareis”) ou a 3ª pessoa do plural (“viajarão”).

    Casos Especiais de Concordância Verbal

    1. Sujeito Coletivo

    Quando o sujeito é um substantivo coletivo, o verbo fica no singular.

    Exemplos:

    • A multidão aplaudiu o espetáculo.
      • Sujeito coletivo (“a multidão”) → verbo no singular (“aplaudiu”).

    Se o coletivo vier acompanhado de especificador no plural, o verbo pode ir para o plural.

    Exemplo:

    • A multidão de torcedores aplaudiu/aplaudiram o espetáculo.
      • Ambas as formas são aceitáveis.

    2. Expressões Partitivas

    Com expressões como “a maioria de”, “grande parte de”, “boa parte de”, seguidas de substantivo no plural, o verbo pode ficar no singular ou plural.

    Exemplos:

    • A maioria dos alunos concordou/concordaram com a decisão.
      • Ambas as formas são corretas.

    3. Expressões com “Mais de”, “Menos de”, “Cerca de”

    Nessas expressões, o verbo concorda com o numeral que as acompanha.

    Exemplos:

    • Mais de um aluno faltou à aula.
      • Verbo no singular.
    • Mais de dois alunos faltaram à aula.
      • Verbo no plural.

    Observação:

    Quando “mais de um” indica reciprocidade, o verbo vai para o plural.

    Exemplo:

    • Mais de um candidato se cumprimentaram cordialmente.
      • Verbo no plural devido à ideia de reciprocidade.

    4. Nomes Próprios no Plural

    Se precedidos de artigo, o verbo fica no plural; sem artigo, no singular.

    Exemplos:

    • Os Estados Unidos influenciam a economia global.
      • Com artigo → verbo no plural.
    • Estados Unidos influencia a economia global.
      • Sem artigo → verbo no singular.

    5. Pronomes Relativos “Que” e “Quem”

    Com “que”, o verbo concorda com o antecedente; com “quem”, geralmente fica na 3ª pessoa do singular, mas pode concordar com o antecedente.

    Exemplos:

    • Fui eu que fiz o trabalho.
      • Verbo concorda com “eu”.
    • Fui eu quem fez/fiz o trabalho.
      • Ambas as formas são aceitáveis.

    6. Expressão “Um dos que”

    Essa construção causa bastante dúvida. O verbo geralmente concorda com o termo mais próximo ao relativo “que”, ou seja, vai para o plural, pois se refere ao grupo.

    Exemplo:

    • Ele é um dos alunos que mais se destacam na turma.
      Verbo no plural: “que mais se destacam” refere-se a “alunos”.

    ⚠️ Erro comum: usar o verbo no singular, concordando com “um”, e não com “alunos”.

    7. Verbos Impessoais

    São verbos que não possuem sujeito e, por isso, ficam sempre na 3ª pessoa do singular.

    Exemplos mais comuns:

    • Verbo “haver” no sentido de existir ou de tempo decorrido:
      • muitos problemas a resolver. (existem)
      • Havia dois alunos na sala. (existiam)
      • anos não o vejo. (faz anos)
    • Verbo “fazer” no sentido de tempo decorrido:
      • Faz cinco anos que não nos vemos.
    • Fenômenos da natureza:
      • Choveu muito ontem.
      • Faz frio no inverno.

    🟨 Mesmo com complementos no plural, o verbo permanece no singular.

    8. Sujeito Oracional

    Quando o sujeito da oração é outra oração (sujeito oracional), o verbo fica no singular, pois está se referindo a uma ação inteira, e não a um substantivo plural.

    Exemplo:

    • Viajar cedo faz bem à saúde.
    • Que eles chegaram atrasados me surpreendeu.

    Tabela de resumo sobre concordância verbal

    Tipo de Sujeito ou ConstruçãoRegra PrincipalExemplo
    Sujeito simplesVerbo concorda com o núcleoA menina corre.
    Sujeito compostoVerbo no pluralAna e Pedro viajaram.
    Sujeito composto por pessoas1ª > 2ª > 3ª pessoaEu e ele faremos o trabalho.
    ColetivosVerbo no singular (ou plural com especificador)A turma chegou. / A turma de alunos chegaram.
    Partitivos (“maioria de”, etc.)Verbo pode concordar com o núcleo ou com o termo no pluralA maioria dos alunos chegou / chegaram.
    Mais de umVerbo geralmente no singularMais de um aluno passou.
    Sujeito com “ou”Singular (exclusão) ou plural (adição)João ou Pedro chegará / chegarão.
    Expressões com “quem” e “que”“Que” → concorda com o antecedente; “quem” → verbo geralmente no singularFui eu que fiz. / Fui eu quem fez.
    Verbos impessoaisSempre na 3ª pessoa do singular muitos casos. / Faz três anos. / Choveu muito.
    Sujeito oracionalVerbo no singularViajar cedo ajuda a descansar.
    Nomes próprios no pluralCom artigo → plural; sem artigo → singularOs Estados Unidos lançaram… / Estados Unidos lança
    Um dos queVerbo concorda com o plural (o termo após o “que”)Ele é um dos que mais trabalham.

    Como estudar concordância verbal para concursos: guia estratégico

    Estudar concordância verbal com eficiência exige mais do que decorar regras: é preciso entender a lógica por trás das construções, reconhecer padrões e treinar com questões de banca. Aqui vai um passo a passo eficaz para dominar esse conteúdo e garantir pontos na prova:

    1. Domine as Regras Básicas Primeiro

    Comece estudando:

    • Sujeito simples
    • Sujeito composto
    • Verbos impessoais
    • Ordem pessoa gramatical: 1ª > 2ª > 3ª

    Use exemplos simples e vá aumentando a complexidade gradualmente.

    2. Aprofunde nos Casos Especiais

    Depois de entender o básico, mergulhe nas exceções e estruturas que confundem:

    • “Mais de um”, “a maioria de”
    • Sujeito oracional
    • “Um dos que”
    • Expressões partitivas
    • Pronomes relativos (“que”, “quem”)
    • Verbos meteorológicos e impessoais

    Faça resumos comparativos e construa frases próprias para fixar.

    3. Use Fontes Confiáveis e Atualizadas

    Estude com base na gramática normativa tradicional (Cegalla, Bechara, Pasquale) e materiais focados em concursos.

    Reforce com:

    • PDFs de professores de cursinho
    • Videoaulas didáticas
    • Postagens/resumos de Instagram ou Telegram confiáveis

    4. Resolva Questões por Banca

    Cada banca tem um estilo:

    • CESPE (CEBRASPE): exige interpretação e lógica gramatical
    • FGV: explora exceções e estilo literário
    • FCC e VUNESP: cobram norma culta com foco em regras

    Resolva questões de provas anteriores e analise o gabarito com atenção.

    5. Crie Resumos Visuais e Mapas Mentais

    Transforme o conteúdo em:

    • Mapas mentais
    • Tabelas comparativas
    • Fichas de revisão (flashcards)

    Isso ativa sua memória visual e facilita a revisão rápida.

    Concordância verbal se domina com treino constante e ativo. Ao se deparar com uma construção nova, pergunte-se sempre: “quem é o sujeito?” — isso já elimina metade das armadilhas.

    Fiquem ligados na nossa página para as próximas notícias sobre como estudar para concursos!