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Como reter o máximo de conteúdo estudado para Concurso Público

icone calendario 07 jan 2020

Todo estudando que visa ser aprovado em concurso público busca alcançar o máximo de eficiência em estudos, visando adiantar a aprovação. Porém, o que se vê na prática são diversas histórias de pessoas que estudaram por 10 anos (ou mais) até a tão sonhada aprovação.

Até aí, dos males o menor, já que se tratam de histórias vitoriosas cujos desfechos foram a aprovação. Isso porque o número de histórias de pessoas que desistem no meio do caminho é esmagadoramente maior comparado aos aprovados.

Um dos principais motivos de desistência (há outros, é claro) é a falsa percepção de incapacidade em reter informações estudadas até o dia da prova ou a longo prazo.

Muitos que levam anos para alcançar a tão almejada aprovação apontam para o mesmo fato como algo que possivelmente atrasou a grande conquista.

Ocorre que, por outro lado, temos diversas histórias de pessoas que foram aprovadas após um período de estudos muito menor, pessoas aparentemente normais, comuns, sem qualquer traço de genialidade que coloque-as em patamares sobre-humanos.

Então qual seria o fator – ou qual seria um dos principais fatores – capaz de acelerar a aprovação de alguém em um concurso público?

Sem sombra de dúvida, o método de estudos eleito pelo(a) aluno(a) é determinante para a retenção do conhecimento. Ora, conhecimento não retido é sinônimo de perda de tempo para os estudos, não é mesmo?

É natural que, ao iniciar os estudos, muitos acabem encontrando grandes dificuldades em entender todo o conteúdo e, dificuldade ainda maior, em reter o pouco efetivamente compreendido.

Nesse sentido, apontaremos aqui quais os métodos de estudos mais eficientes com base científica, obviamente voltados para o mundo dos concursos públicos. Já adianto que o segredo para a aprovação não está na carga-horária que você utiliza para os estudos, mas em como você estuda (qualidade e métodos). Se você tem dúvidas em como organizar um cronograma de estudos, clique aqui .

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Capa do vídeoyoutube-icon

 

Base científica: a pirâmide do aprendizado e suas variações para concursos públicos

 

Em 1946, Edgar Dale, Perito em educação por meio de métodos audiovisuais, após diversos estudos teóricos e práticos, concluiu que a quantidade de informações retidas por estudantes dependia muito dos métodos empregados. Quanto melhor o método, mais retido ficava o conhecimento e o esquecimento acabava sendo retardado por mais tempo (ou mesmo, nunca mais esquecido, se mantido a prática rotineira de alguns métodos).

Com o passar dos anos, as informações e resultados de Edgar Dale foram sofrendo alterações, especialmente com o surgimento de outros métodos derivados do avanço da tecnologia.

Você encontrará diversas variações da chamada Pirâmide do Aprendizado, variações estas até sensíveis.

Abaixo, apresentamos ilustração de pirâmide personalizada para concursos públicos e, em seguida, analisaremos cada uma das etapas com sugestões para otimizar a sua retenção de conhecimento:

piramide-aprendizado

 

Perceba que o topo da pirâmide aponta quais métodos representam menor possibilidade de retenção do conhecimento, enquanto que a base apontam métodos extremamente eficientes na absorção de informações.

A explicação é simples: nosso cérebro, quando da retenção de informações (de forma consciente) acaba fazendo uma espécie de “seleção” conforme entende ser a informação de maior ou menor importância. Um dos critérios para isso, é a utilização do maior número de sentidos que possuímos (tato, paladar, olfato, visão e audição).

Analise novamente a pirâmide acima e ficará fácil perceber pelos métodos indicados que quanto mais sentidos se utiliza, maior a retenção do conhecimento.

Vejamos cada um separadamente:

 

Ler

 

A leitura utiliza apenas um sentido: visão, representando 10% de retenção do conhecimento.

Obviamente a leitura é um hábito extremamente saudável para os estudos. Além disso, há informações técnicas e aprofundadas que só encontramos em livros, sendo assim, a leitura não pode ser desprezada ou mesmo abandonada por completo.

Aliás, é muito comum que o estudante só consiga perceber algumas informações contidas no mesmo livro após lê-lo pela terceira ou quarta vez (isso acontece com todo mundo!).

Sugestão: para otimizar a leitura, é interessante fazer grifos em pontos importantes, anotar comentários específicos de concursos públicos sobre o material, fazer resumos e ilustrar pontos importantes. Além disso, quando o assunto é concurso público, é importantíssimo aliar a leitura com outros métodos que explicaremos a seguir.

 

Escutar

 

Diante de uma rotina atribulada de trabalhos e viagens, muitos aproveitam momentos de descolamento para estudar por meio de aulas em áudio (ou mesmo por gravações de resumos pessoais). É um método bacana pois, ao escutar uma voz, apesar de também se tratar de um único sentido (audição), o cérebro acaba gerando outras sensações diante da pessoalidade do timbre de voz, entonação, dicção, etc.

Sugestão: vale utilizar esse método em viagens de carros, ônibus, metrô, etc., viagens de média e longa duração e com a impossibilidade de utilização de outros métodos. Todo tempo disponível é importante para os estudos e essa sugestão o possibilitará a se valer de mais um método dentre os demais, se adaptando com maior facilidade conforme as adversidades em sua rotina.

 

Ver

 

Observar ilustrações de algum conteúdo possui maior eficiência já que nossa memória retém imagens com maior facilidade, porém fica fácil perceber que se trata de um método meramente auxiliar. Dificilmente alguém conseguirá ser aprovado em algum concurso público apenas por meio de visão de ilustrações.

 

Ver e Escutar

 

A partir deste método o percentual de conhecimento passa a ser muito significativo para os estudos. O melhor exemplo são os famosos cursos, onde o aluno assiste e escuta o professor (cursos presencial ou online).

Em cursos preparatórios para concursos públicos, podemos afirmar que a eficiência é ainda maior pois em geral são organizados e ministrados por especialistas na área e, sendo assim, todo o conteúdo acaba sendo personalizado e específico para a aprovação.

Sugestão: este é o último método (e mais eficiente) em nossa pirâmide que o(a) aluno(a) mantém uma postura passiva. O estudo passivo é aquele em que o(a) aluno(a) se limita em absorver as informações que lhes são passadas, sem questionar, pesquisar, aprofundar ou desenvolver de outras formas a informação. Isso não costuma ser muito eficiente. Todos os demais métodos pressupõem uma postura fortemente ativa do aluno. O dinamismo passará a ser a grande característica dos próximos métodos. Então a dica é: não se limite somente aos “cursinhos”. Participe ativamente das aulas. Sendo um curso online, tenha um material de suporte para as aulas onde você mesmo possa realizar resumos, gráficos, destaques, aprofundamentos, e posteriores revisões.

 

Conversar, perguntar, repetir, numerar, reproduzir, definir e debater

 

Eis o primeiro grande método em que se exige uma postura muito ativa para os estudos. É um método característico de quem participa de grupos de estudos, o avanço é enorme. Se todos do grupo estão firmes no mesmo propósito, todos os assuntos em discussão, debates e questionamentos serão de altíssima retenção. Além disso, a competição saudável entre membros do grupo fomentará uma postura ativa ainda maior de todos.

Sugestão: deixarei aqui uma sugestão muito pessoal de algo que provei na prática que funciona (e muito!): fazer quiz entre amigos. Já tive a oportunidade de convier com mentes brilhantes quando o assunto é estudar para concursos públicos. E um hábito extremamente poderemos que tínhamos é o de fazer quizzes uns aos outros. Não se trata de tirar dúvidas, a ideia é que cada membro do grupo faça aos demais perguntas em que esteja preparado para oferecer uma resposta completa aos demais na hipótese de ninguém responder. Um perguntando e explicando ao outro. Dessa forma, você utilizará este método equiparando-o ao método mais eficiente que veremos ao final: explicar.

 

Escrever, interpretar, expressar, revisar, identificar, comunicar, ampliar, demonstrar, praticar, diferenciar

 

Pela simples leitura dos verbos acima, percebe-se que não estamos lidando com o mero ato de “copiar trechos” de alguma leitura ou informação. A ideia aqui é trabalhar de forma crítica e detalhada com a informação estudada. O aluno se transforma em um verdadeiro pesquisador, passando a estudar algo e escrever sobre o assunto, com as próprias palavras, sobre o que entendeu, criando um poderemos material para resumos e indo além da mera fonte que adquiriu a informação: passa a buscar exemplos, ilustrações, posições contrárias, exemplos reais e práticos, pontos fortes e fracos, etc.

Sugestão: apesar de ser um método extremamente eficiente, costuma consumir muito tempo. É importante utilizá-lo em estudos a longo prazo, pré-editais, pois certamente resultará em um enorme amadurecimento nos estudos. No caso de um estudo pós-edital, este método pode ser utilizado em relação aos assuntos mais importantes para o respectivo concurso, aos assuntos mais cobrados (ou mesmo para fases dissertativa e oral).

Nesse método, também é muito importante a realização de questões de provas anteriores e simulados.

 

Explicar, resumir, estruturar, definir, generalizar, elaborar, ilustrar

 

Eis o método mais eficiente e assinamos em baixo! Aqui, o(a) aluno(a) passa para a posição de professor. Não pense que é algo muito distante e que se exige grande experiência e conteúdo. A ideia não é se submeter a grandes plateias. Lecionar e falar um pouco sobre os conhecimentos que tem adquirido pode ser realizado, por exemplo, no grupo de estudos, conforme sugestão apontada em linhas anteriores.

O ato de explicar os conhecimentos adquiridos tem o poder de ativar todos os nossos sentidos, pois você estará vivenciando o conhecimento por meio de gestos, palavras, expressões, etc. Além disso, é a melhor forma de se preparar para a fase oral de um concurso público (vale prevenir, você pode acabar escolhendo um concurso público grande que exige ou passe a exigir a etapa oral).

Sugestão: se você se considera extremamente tímido para aplicar este método, fique tranquilo: uma aula sozinho na frente do espelho terá o mesmo poder de ativar todos os sentidos e o ajudará da mesma forma. Por experiência pessoal, de alguém que por muito tempo se preparou para vencer a timidez cujo grande sonho perseguido foi o de me tornar professor: este método é efetivamente o mais eficiente. A título de exemplo, posso afirmar que me recordo de temas em que ministrei nas minhas primeiras palestras e aulas, aliás, irei além: me recordo de temas que lecionava pra mim mesmo em frente ao espelho há anos.

 

Conclusão

 

Com base nas informações acima questionamos: qual candidato você deseja se tornar? O candidato que ignora tais informações com base científica e insiste em um único método tradicional, atrasando o momento da própria aprovação? Ou o candidato versátil, que apostará daqui pra frente no dinamismo testando os métodos acima e passando a adaptar os de maior eficiência na própria rotina de estudos?

Se há realmente algum “atalho” para ser aprovado em concursos públicos, então podemos afirmar que esse caminho passa necessariamente pela escolha e aplicação efetiva dos melhores métodos de estudos.

Teste e você perceberá em meses, semanas ou até mesmo dias os resultados significativos na retenção do conhecimento (dependerá mais da forma e intensidade com que aplica os métodos).

Agora, o próximo passo é colocar em prática! Bom estudo a todos!

 

“Depois de muito meditar, cheguei à conclusão de que um ser humano que estabeleceu um propósito deve cumpri-lo, e que nada pode resistir a um desejo, a uma vontade, mesmo quando para sua realização seja necessária uma existência inteira”.

Beniamin Disraeli

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