Um dos caminhos para solucionar o fraco desempenho de nossos alunos em provas, concursos e na assimilação de conteúdo de maneira geral é com o reforço do processo de aprendizagem. Entendemos que isso seja possível, no entanto, apenas com atenção ao que bem por traz desse mesmo processo, o que sustenta e dá base ao saber, ou aquilo que chamamos de Otimização do Estudo.
Otimização, como já diz o Aurélio, “é o processo pelo qual se determina o valor ótimo de uma grandeza, é o ato ou efeito de otimizar, aprimorar, melhorar”. Assim, é tornar algo ótimo, é buscar o que é excelente, o melhor possível, “o grau, quantidade ou estado que se considera o mais favorável, em relação a um determinado critério”.
É através da otimização, portanto, que se torna possível estudar uma mesma quantidade de horas com um considerável ganho em agregação de novos conhecimentos, decorrente do acréscimo de qualidade. Respondendo à dúvida de milhares de concurseiros sobre “quantas horas devo estudar para passar”, a otimização afirma ser “a maior quantidade de tempo possível, sem que se perca a qualidade” e ainda demonstra como é possível conquistar essa qualidade. Em suma, otimização é o aperfeiçoamento da capacidade de aprendizagem resultando em maior produtividade, exatamente o que tem faltado aos nossos alunos e candidatos.
No entanto, não podemos dispensar dessa fórmula a capacidade do aluno em transmitir o conhecimento. No ciclo da aprendizagem, existem alguns marcos que não podem ser dispensados. O primeiro deles é o planejamento, como qual é possível determinar a quantidade de estudo, quais matérias serão estudadas e em que ordem, como otimizar o tempo etc. O segundo marco é o da atuação, quando você coloca a mão na massa e passa a exercer o seu planejamento. A terceira etapa é a de revisão. Esse é um momento extremamente importante, pois o aluno irá conferir o resultado das etapas anteriores. No processo de estudo, consideramos essa a etapa de exercícios, provas, concursos, enfim, situações em que o planejamento e o estudo em si (ação) serão colocadas a prova. A última etapa é a da ação corretiva. É o momento dos ajustes! É quando, munido do resultado de sua atuação o aluno irá ajustar seu plano e reiniciar o ciclo.
Em meio a todo esse processo, é importante que se utilizem técnicas e que se personalize o estudo – adaptando essas mesmas técnicas às necessidades individuais de estudo. Como ensina Deming (1990), felizmente uma otimização total não é necessária. Basta que se chegue cada vez mais próximo dela. Um ganho pequeno e seguro pode ser o suficiente para alterar toda uma rota, colocando-a em ascendência.
Veja-se que nas corridas, de carros, cavalos e pessoas, alguns décimos de segundo diferenciam a vitória da derrota. Se o leitor puder agregar alguma qualidade aos seus estudos, isto já terá valido a pena.
É possível aprender a aprender e a aprender mais rápido, a ser mais inteligente, a ler, escrever, falar e se apresentar melhor, a raciocinar, a criar e imaginar soluções. Este é o caminho para mudar os rumos da sua história pessoal e, consequentemente, a história da Humanidade.
William Douglas
“Cada um de nós pode trabalhar para mudar
uma pequena parte dos acontecimentos…
A história é feita de inúmeros atos
de coragem e crença.”
John Kennedy