A greve realizada pelos trabalhadores dos Correios já completou uma semana na última terça-feira, 24 de agosto. A paralisação ainda não possui intenção de chegar ao fim, de acordo com a Fentect.
No último fim de semana, a Fentect (Federação Nacional dos Trabalhadores em Empresas de Correios e Similares) e os sindicatos filiados decidiram seguir com a greve, ampliando o número de trabalhadores no movimento.
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Entenda os motivos que levaram à greve
A decisão dos trabalhadores dos correios de aderirem à greve se deu por conta das ações realizadas pelo STF (Supremo Tribunal Federal), uma vez que este suspendeu o acordo coletivo que havia firmado com os servidores.
De acordo com a Fentect, o acordo chegaria ao seu fim na data de 31 de julho de 2021. No entanto, com a revogação, 70 das cláusulas acerca de alguns dos direitos dos funcionários foram retiradas, motivo da revolta.
Alguns dos direitos retirados foram:
- 30% do adicional de risco;
- Vale-alimentação;
- Licença maternidade de 180 dias;
- Auxílio-creche;
- Indenização de morte;
- Auxílio para filhos com necessidades especiais;
- Pagamento de adicional noturno; e
- Horas extras.
Por conta disso, a Federação e os sindicatos decidiram seguir e intensificar a greve, em busca de melhores direitos para os trabalhadores:
“Ficou decidido que essa semana sindicatos e funcionários devem buscar ampliar o número de trabalhadores na greve, além de intensificar a realizações de atos de mobilização.”
Federação também planeja discutir sobre a privatização
Além dos motivos citados acima, a luta contra a privatização da estatal também foi uma das motivações para a greve dos trabalhadores. A Fentect planeja se reunir com os presidentes da Câmara dos Deputados e do Senado Federal para discutir sobre a privatização.
O diretor de Comunicação do Sindicato de Trabalhadores dos Correios (Sindect), Pedro Santana, revelou que são grandes os prejuízos para os trabalhadores da estatal com a retirada das cláusulas do acordo.
Somando todos os valores de auxílios e benefícios que eram direito dos servidores, cerca de R$4.800 serão descontados de cada um dos trabalhadores em um ano inteiro.
“A empresa teve que utilizar gestores e funcionários do administrativo para entregar encomendas no fim de semana. Nós não queríamos a greve, mas não há outro caminho. Mães que têm filhos especiais e eram reembolsados por parte do tratamento psicológico deles, por exemplo, perderam isso. Elas estão desesperadas”, disse o diretor.
Além disso, o diretor da Fentect, Douglas Melo, comentou que a greve precisou ser adotada devido à negligência dos Correios para com seu pessoal:
“Essa greve é causada pela negligência e pela falta de diálogo do presidente dos Correios, general Floriano que, em plena pandemia e com a empresa lucrando R$ 460 milhões no primeiro semestre do ano, propõe a retirada de 70 cláusulas do acordo coletivo e não respeita a decisão do Tribunal Superior do Trabalho.”
Qual foi a resposta dos Correios?
Os Correios se manifestaram na última segunda-feira, 23 de agosto de 2021, sobre a greve adotada, por meio de uma nota em seu site oficial. Na nota, a estatal comentou também sobre as medidas que estão sendo tomadas para que os serviços continuem em andamento.
De acordo com os Correios, tal greve em momentos de pandemia causa grandes prejuízos financeiros tanto para a empresa quanto para diversos empreendedores do país.
Além disso, a estatal comentou que a paralisação afeta negativamente a imagem tanto da empresa quanto de seus empregados, e que esperava que os servidores voltassem ao trabalho ainda naquele dia.