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Concurso Correios: Mesmo com lucro alto, privatização é considerada!

Iago Almeida

icone calendario 25 maio 2021

Dados obtidos pelo Estadão/Broadcast mostraram que os Correios tiveram um lucro líquido de R$ 1,53 bilhão em 2020. Mesmo após o melhor resultado obtido em cerca de dez anos, a privatização continua na mira, o que afasta ainda mais um possível novo concurso Correios .

As informações ainda não foram divulgadas oficialmente pelos Correios. Vale lembrar que a empresa deve ser desestatizada juntamente com Eletrobras (aprovada na Câmara) , Emgea, Ceasaminas, Porto de Vitória (Codesa), Nuclep, Trensurb, Companhia Brasileira de Trens Urbanos (CBTU) e Agência Brasileira Gestora de Fundos Garantidores e Garantias (ABGF).

Correios: maior lucro em uma década

Os Correios tiveram um lucro líquido de R$ 1,53 bilhão em 2020. O lucro é bastante significativo, pois os Correios não batiam a casa do bilhão desde 2012 (R$ 1,1 bilhão); entre 2013 e 2016, a empresa operou no vermelho.

Além disso, os lucros indicam que houve um crescimento no patrimônio líquido da companhia. A estimativa é de que os números sejam de R$ 950 milhões, um salto de 84% em relação ao ano de 2019.

Entretanto, mesmo com os resultados positivos, a empresa deve ser vendida pelo governo federal, em breve.

Votação para privatização dos Correios entre junho e julho

Se depender do presidente da Câmara dos Deputados, Arthur Lira (PP – AL), a votação da privatização dos Correios deve ocorrer entre os meses de junho e julho de 2021.

“É meu dever que os debates ocorram, e com muita firmeza e diálogo fazer com que eles andem”, disse em uma entrevista concedida à TV Bandeirantes, em maio.

Segundo o presidente, o Congresso tem um perfil considerado reformista. Com isso, a Câmara aprovou o Projeto de Lei 591/21 em abril, que viabiliza a privatização dos Correios, para que se tornasse urgente, ou seja, com procedimentos mais rápidos.

Conselho do PPI recomendou privatização dos Correios

Responsável por estudos sobre desestatização, o Conselho do Programa de Parcerias de Investimentos (PPI) recomendou a privatização dos Correios após terminar a fase inicial de estudos.

“Estudos mostram que elevar a taxa de investimento por meio da iniciativa privada será fundamental para acompanhar as evoluções e transformações do setor postal”, afirmou um trecho do relatório.

Sendo assim, conforme o Conselho do PPI, a melhor alternativa seria a venda para algum ente privado. Por outro lado, os estudos não incluíram os lucros de R$ 1,5 bilhão de 2020, pois ainda não foram divulgados.

“Isso tirará um enorme peso do governo, que poderá focar sua energia na oferta (de serviço postal) a essas regiões específicas ou então oferecer o serviço ‘em pacotes’, como estamos fazendo com o saneamento, misturando áreas deficitárias com outras superavitárias”, relatou o secretário especial de Desestatização, Desinvestimento e Mercados do Ministério da Economia, Diogo Mac Cord.

Realização de novo concurso

A Federação Nacional dos Trabalhadores em Empresas de Correios e Telégrafos e Similares (Fentect) havia anunciado que não há impedimento nenhum para a realização de um novo processo de seleção  .

Questionada sobre a realização de um novo certame, a Assessoria de Imprensa dos Correios declarou que “com relação ao concurso público, o dimensionamento da força de trabalho não foi concluído e somente após a conclusão desses estudos será possível identificar a real necessidade de efetivo para realização de um novo certame”.

Se divulgado, o concurso  contará com vagas para nível médio em todos os Estados.

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