Um novo concurso Correios segue sendo cobrado, mas ainda sem data pra sair. Com isso, sindicatos estão convocando greve em pelo menos três estados; veja detalhes!
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Nova greve pede realização de concurso nos Correios
Segundo a Assessoria de Imprensa da Empresa de Correios e Telégrafos (ECT), a estatal segue realizando estudos internos para abertura de um novo concurso.
Entretanto, até o momento nada foi anunciado, mesmo a realização sendo dada como certa! As pressões continuam aumentando.
Isso porque a empresa está discutindo a possibilidade de nova greve em pelo menos três estados, no Maranhão, São Paulo e Rio de Janeiro.
No Maranhão, a greve já está aprovada. Nos outros dois estados, o texto segue em votação. Lembrando que a Findect representa 40% do efetivo nacional e 60% do fluxo postal do país.
Neste dia 22 de novembro, a Federação Interestadual dos Sindicatos dos Trabalhadores e Trabalhadoras dos Correios (Findect) anunciou a convocação para que os sindicatos vinculados.
Estes sindicatos, segundo a federação, devem anunciar greve a partir desta quinta-feira, dia 23 de novembro, às vésperas da Black Friday.
Isso pressiona para uma nova seleção, que é aguardada desde abril, quando o presidente Lula publicou despacho revogando o processo de privatização dos Correios.
Inclusive, a abertura de um concurso, em caráter de urgência, faz parte do Acordo Coletivo de Trabalho (ACT) apresentado em setembro deste ano.
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Correios: O que pedem os grevistas e a Federação?
Portanto, são várias reivindicações da categoria, entre elas a não incorporação de R$ 250 ao salário base, ponto acordado em negociação coletiva.
“Nossa greve não é apenas uma resposta a essas inconsistências, mas também uma cobrança pela realização do concurso público, pela melhoria nos planos de saúde e por condições de trabalho dignas. Tendo em vista que a situação se agrava a cada dia devido à falta de concurso público e a um efetivo defasado há mais de uma década“, escreveu a Findect, em nota.
De acordo com a Federação, a greve, às vésperas da Black Friday, chamará a atenção pois ocorre em uma das datas mais importantes para o varejo mundial.
“Estamos diante de um momento crucial em nossa categoria dos Correios, e é com urgência e disposição de luta que os Sindicatos filiados à FINDECT chamam a atenção de todos. Nos últimos 50 dias, a Federação buscou incansavelmente o diálogo com a direção da empresa para corrigir as 26 inconsistências identificadas antes da assinatura do acordo coletivo. Infelizmente, a resposta da direção, presidida por Fabiano Silva, foi inerte e, por vezes, parecia pertencer a um mundo onírico, alinhando-se a uma política que prejudica nossa categoria”, disse.
“Falha em negociação”
A nota diz ainda durante nesse período de negociação (citado pela federação), ficou evidente que algumas direções sindicais aprovaram o acordo sem analisar minuciosamente o conteúdo.
“(isso) permitiu que 26 inconsistências persistissem. Uma dessas questões cruciais é a não incorporação dos R$ 250 ao salário base, configurando um golpe financeiro direto contra os trabalhadores”, continuou.
Segundo a federação, a direção da ECT informou que, ao invés de ser incorporado aos salários, foi proposto que seria pago como “steps”, uma manobra que não traria benefício algum aos trabalhadores.
“O golpe reside no fato de que esse valor não seria incorporado, contrariando o que foi inicialmente negociado. Essa tentativa da ECT de transformar o reajuste salarial em uma medida superficial, sem impacto duradouro, é uma clara ameaça aos direitos e à estabilidade financeira da categoria. Além disso, a iminente incidência de impostos sobre a bonificação de R$ 1500 que será pago em janeiro ameaça reduzir drasticamente esse valor, prejudicando mais uma vez os trabalhadores, que já sentiram no bolso no último pagamento com descontos absurdos e abusivos em cima dos R$ 1000 referente ao ticket peru em pecúnia, contrariando a promessa da direção de que esses valores chegariam de forma líquida aos trabalhadores”, escreveu.
FINDECT não assinou acordo coletivo?
Não, a FINDECT, informou que não assinou o acordo por “intransigência e conivência da direção da ECT”. A informação consta na mesma nota citada acima. Veja a nota na íntegra!
“No momento das correções das cláusulas, (a Findect) encontrou resistência de parte das representações sindicais, que se negaram à continuidade na correção das inconsistências. Mesmo assim, a direção da empresa foi conivente com tantos erros na redação e assinou o acordo coletivo que prejudicou a categoria no último pagamento, transformando os R$ 1.000 recebidos pela categoria em título de pecúnia, em míseros R$ 300”, explicou.
Últimas movimentações
Pensando em te deixar mais informado, fizemos uma linha do tempo com as principais movimentações que ocorreram nos últimos meses em relação ao concurso.
Em julho, o Ministério de Gestão e Inovação em Serviços Públicos demonstrou interesse pela autorização do novo concurso.
“Os Correios são uma empresa fundamental para a integração do país, presente em todos os municípios brasileiros, sendo, em muitos desses municípios que não possuem agências bancárias, a única instituição a atender moradores e negócios locais”, disse o MGI.
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Quais vagas serão ofertadas no concurso Correios?
Na pauta de reivindicações elaborada pela categoria, está a realização de um novo concurso com 40 mil vagas. É um número muito alto, que pode não ser oferecido!
Além disso, em agosto, o secretário-geral da Fentect, Emerson Marinho, informou que teve informações de que o próximo edital poderá ter oferta de cerca de 7 mil vagas.
Mas, ele disse que o concurso abrangeria as áreas operacional e administrativa, sendo a maior parte para Carteiro, carreira que exige o nível médio.
Mas, caso qualquer aval seja concedido, é possível que essas oportunidades sejam distribuídas entre as seguintes carreiras:
- Agente de Correios – Nível Médio
- Carteiro;
- Operador de Triagem e Transbordo;
- Atendente Comercial e Suporte.
- Analista de Correios – Nível Superior
- Administrador;
- Advogado;
- Analista de sistemas;
- Arquiteto;
- Assistente social;
- Bibliotecário;
- Contador;
- Economista;
- Engenheiro;
- Estatístico;
- Museólogo;
- Pedagogo;
- Psicólogo;
- Técnico em Comunicação Social.
- Auxiliar de Enfermagem do Trabalho;
- Técnico de Segurança do Trabalho;
- Analista de Saúde;
- Enfermeiro do Trabalho;
- Engenheiro de Segurança do Trabalho;
- Médico do Trabalho.
Quais os salários?
Segundo a Findect, os salários iniciais oferecidos pela instituição variam de R$ 2.179,25, para cargos de nível médio e R$ 6.333,54, para cargos de nível superior. Ainda há os benefícios:
- Vale-cesta de R$ 295,77
- Vale-refeição/alimentação
- R$ 1.039,50 (para quem trabalha cinco dias na semana);
- R$ 1.228,50 (para quem trabalha seis dias na semana).
- Vale-transporte;
- Plano de Saúde.