Anderson Torres será o novo ministro da Justiça e Segurança Pública. Saiba mais sobre o impacto da escolha nos concursos públicos.
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O delegado da Polícia Federal, Anderson Torres, é o novo ministro da Justiça e Segurança Pública, pasta responsável pela Polícia Federal, Polícia Rodoviária Federal e Departamento Penitenciário Nacional (Depen), entre outros órgãos.
Novas mudanças no Ministério da Justiça e Segurança Pública
No dia 29 de março, a Presidência da República realizou a troca de cinco chefes de ministérios. Entre eles, o da Justiça e Segurança Pública.
O presidente Jair Bolsonaro escolheu um nome que já vinha sendo cogitado desde a última troca.
O delegado da Polícia Federal, Anderson Torres, é o novo ministro da Justiça e Segurança Pública, pasta responsável pela Polícia Federal, Polícia Rodoviária Federal e Departamento Penitenciário Nacional (Depen), entre outros órgãos .
Torres é, atualmente, secretário de Segurança do Distrito Federal, no entanto deixará o cargo para ocupar o posto na pasta do governo de Bolsonaro. André Mendonça voltará ao seu cargo anterior, como ministro da Advocacia-Geral da União (AGU).
A troca no MJSP é a 20ª no governo de Bolsonaro desde o início do mandato, em 2019. Além disso, Torres será o terceiro ministro da pasta, sucedendo André Mendonça e Sérgio Moro.
Conhecendo mais sobre Anderson Torres
Anderson Torres é Delegado da Polícia Federal e já participou de importantes investigações. Algumas delas, inclusive, internacionais.
Entretanto, se destacou mesmo no seu posto anterior. Torres ocupava o cargo de secretário de Segurança do Distrito Federal e foi responsável por diversas lutas e conquistas junto ao governo.
Antes de assumir a Secretaria do Distrito Federal, foi chefe de gabinete do deputado federal Fernando Francischini (PSL-PR), político que era ligado a Bolsonaro.
Ele é delegado da PF com experiência em Ciência Policial, Investigação Criminal e Inteligência Estratégica. Dessa maneira, coordenou as principais investigações voltadas ao combate ao crime organizado na Superintendência da Polícia Federal, em Roraima, entre 2003 e 2005.
“Entre 2007 e 2008, coordenou toda a atividade de inteligência da Polícia Federal na repressão a organizações criminosas de tráfico internacional de drogas e lavagem de dinheiro. Teve sob sua responsabilidade a administração da parte técnica e logística da Diretoria de Combate ao Crime Organizado da Polícia Federal e suas congêneres regionais entre 2008 e 2011”, diz o Governo do Distrito Federal.
Torres será responsável pelos seguintes órgãos:
- Polícia Federal;
- Polícia Rodoviária Federal;
- Departamento Penitenciário Nacional (Depen);
- Secretaria Nacional do Consumidor;
- Departamento Penitenciário Nacional;
- Força Nacional de Segurança;
- Fundação Nacional do Índio;
- Conselho Administrativo de Defesa Econômica (Cade);
- Departamento de Migrações.
Governador do Distrito Federal diz que não foi consultado
Embora já esteja tudo decidido, e de forma rápida, parece que nem todos foram informados. Durante entrevistas a jornais locais, o governador do Distrito Federal, Ibaneis Rocha, disse que não foi consultado sobre a decisão de troca.
Entretanto, Ibaneis não deixou de elogiar a escolha e disse ao Jornal Metrópoles:
“Ainda sem confirmação. Mas se for verdade, ficarei muito feliz por ele. Afinal, é um excelente profissional.”
Novo ministro tem histórico de luta por concursos
A expectativa é que com a chegada de Anderson Torres à frente da pasta ministerial possa ser proveitosa e dê bons frutos aos futuros e atuais servidores. Vale ressaltar que Torres ajudou em cobranças e lutas ligadas a concursos públicos da Segurança do Distrito Federal.
O delegado chegou a dar algumas declarações, enquanto o governo se mantinha neutro, quanto aos prazos de editais previstos, como o da Polícia Civil do DF.
Em janeiro, ele falou sobre a retomada dos concursos da PC DF. O ex-representante do governo previa provas em maio, o que não ocorreu. Porém reforça a sua influência e forte presença neste cenário e tema.
Anderson Torres também foi fundamental na chamada de aprovados dos concursos da PM DF. Ao que tudo indica, ele também teria tido forte presença nas recentes autorizações e movimentação por novos editais.
Apesar disso, ele sai devendo dois editais: da Polícia Militar e da área de apoio da Polícia Civil, que ainda não foram publicados. De todo maneira, sua relação com o governador Ibaneis Rocha sempre foi boa – o que ajudava nas decisões.
O que podemos esperar de Torres à frente dos órgãos federais?
O novo ministro da Justiça e da Segurança Pública, Anderson Torres, terá o grande desafio de manter a política de concursos públicos regulares na área da Segurança. Isso também é uma promessa do presidente Jair Bolsonaro.
Essa política de concursos regulares também é uma luta constante da PF, PRF e do Depen.
Tradicionalmente, os ministros da Justiça e Segurança Pública sempre intervêm para tais decisões ou pressões em cima do governo. André Mendonça, por exemplo, foi uma ‘peça’ importante na luta pelas autorizações dos concursos em andamento na PF, PRF e Depen.
A expectativa é que com o novo ministro possa ser realizado, por exemplo, o concurso da PF para a área Administrativa, bem como o da PRF. No Distrito Federal, essa é uma autorização já real.
Também espera-se de Torres a agilidade na convocação dos aprovados e, possivelmente, ajuda na cobrança, junto à Presidência da República, para a chamada de excedentes.