Atenção concurseiros! Os servidores públicos, incluindo funcionários da Comissão de Valores Mobiliários, farão três manifestações. E a primeira acontece nesta terça-feira (18). A categoria pede reajuste salarial de 25% e um novo concurso CVN. Entenda!
Servidores Públicos farão primeira manifestação hoje. Mas, por que?
A primeira de três manifestações dos servidores públicos de mais de 20 categorias acontece nesta terça-feira (18), após o presidente prometer verbas para corrigir os vencimentos dos policiais.
Portanto, entre as pautas está o pedido de reajuste salarial de 25% e a cobrança por um novo concurso CVM.
Além disso, a manifestação inclui os funcionários da Comissão de Valores Mobiliários. A expectativa dos líderes sindicais é que o movimento será o maior desde 2015.
Assim, as manifestações estão previstas para início às 10h, em frente ao Banco Central, e continuar até às 14h, em frente ao Ministério da Economia.
Nas capitais, os protestos devem ocorrer de acordo com a mobilização local das entidades. Além disso, outras manifestações são esperadas para os dias 25 e 26 de janeiro.
De acordo com o presidente do SindCVM, Hertz Viana Leal, que representa os servidores do órgão, não há paralisação marcada, ao menos por enquanto.
Greve nacional?
Além disso, a entidade aconselha aos servidores que estiverem em Brasília a participarem do ato desta terça, pois a maioria fica no Rio de Janeiro.
O presidente ainda afirmou, em bom tom, que o sindicato não irá aceitar “discriminação” e que planeja aderir à greve nacional caso não haja solução.
“Inaceitável. Assim entendemos a decisão do governo federal e a subsequente aprovação pelo Congresso de incluir no orçamento de 2022 reajuste apenas para as forças de segurança, em absoluto desrespeito aos demais servidores”, diz o SindCVM, em nota.
E, caso a greve aconteça, poderia prejudicar negociações, impedir investimentos e derrubar a bolsa de valores brasileira. A informação é do próprio sindicato.
“Argumentamos sobre o crescimento do mercado de capital, especificidades que trabalhamos, enfrentamento que precisamos ter. Nós fiscalizamos um mercado grande, de grandes empresas, que requer servidores bem pagos. Como vamos fiscalizar o setor financeiro se não tivermos capacidade de recrutar, fazer concurso público?”, disse Hertz Leal.
Convocação
Inicialmente, a paralisação foi convocada pelo Fórum Nacional Permanente de Carreiras Típicas de Estado (Fonacate).
Entretanto, na última sexta-feira (14), o Fórum das Entidades Nacionais dos Servidores Públicos Federais (Fonasefe) se uniu ao movimento.
O presidente da Fonacate, Rudinei Marques, explicou que o movimento é decisivo pela luta de uma melhoria salarial da classe.
“Depois, a mobilização prossegue para que nós tenhamos uma primeira proposta de recomposição. Se isso não ocorrer até a primeira semana de fevereiro, vamos avaliar a possibilidade de uma greve geral do serviço público”, declarou Marques.
Servidores públicos: Presidente falou sobre o concurso CVM
O presidente da Comissão de Valores Mobiliários, Marcelo Barbosa, vem destacando a necessidade de um novo concurso CVM há tempos.
Em dezembro de 2021, ele deu uma entrevista e explicou que já são 10 anos sem concursos, o que precisa expandir a força de trabalho para um novo edital.
“O mercado é outro, o número de regulados é outro. Entendemos questões fiscais e o nosso papel é destacar a necessidade fundamental disso ser feito”, disse ele.
Além disso, a Comissão chegou a enviar um pedido ao Ministério da Economia, em 2021, que não recebeu autorização.
Foram solicitadas 121 vagas, sendo 49 para Agente Executivo (nível médio), 24 de Inspetor (nível superior em qualquer área) e 48 para Analista (nível superior em áreas específicas).
Ademais, em relação aos salários, inicialmente são de R$ 7.647,98, já com o auxílio-alimentação de R$458, para Agente; e R$ 19.655,06, também já incluindo o auxílio-alimentação, para Inspetor e Analista.